quarta-feira, abril 18, 2007

Via passar por mim todas as nuances da felicidade e da miséria. Mulheres arrependias, homens de poucos sonhos, famílias felizes caminhando de mãos dadas. Entre todos, lá estava eu, cabeça e olhos baixos, invisível no meio de tantos corpos em movimento.
Fitava meus próprios pés em seu movimento contínuo e tedioso. Sempre á frente, sem retroceder nenhum passo. Desconhecia o destino, mas tinha a esperança de que me trouxesse a plenitude. A tal "luz no fim do túnel" que tantos perseguem durante toda a vida, sem saber que por fim, só a encontraria na morte.

De repente, sinto uma mão pousar sobre meu ombro. Um toque, um sorriso. Voltei-me, pensando que finalmente, eu conseguira a única coisa que eu realmente desejava: um anjo da guarda, um guia, um amigo.

A força do golpe não deveria ter me ferido. Mas feriu.