sexta-feira, junho 04, 2004

Na noite passada, estive com ela mais uma vez.
Sem culpa, sem receios e sem reservas, fui deixando que o acaso acontecesse. Encaramo-nos por um longo tempo antes que eu permitisse que ela tocasse meu corpo, mas ela sabia que eu não ofereceria nenhuma resistência, era um obstáculo fingido que nos separava. Um calafrio que tranformou-se num calor insano, e de repente ela se movia dentro de mim. Pensava em mim, falava por mim. Eu não queria: eu precisava.
Sabia que perdia, a cada segundo mais, tudo o que podia haver de digno em mim. E desejava isso.
Desejava.