quinta-feira, julho 08, 2004

Queimei sonhos na brase de um cigarro, traguei solidão. Dei uma baforada para cima, soltando decepçõpes em forma de fumaça. O dia estava lindo, e por um momento, um único instante, permiti-me perder a noção do tempo. Respirar a vida, que àquelas horas da manhã recomeçava para muitas pessoas. Os ônibus passavam lotados, pedestres caminhavam apressados, e eu ignorava seus destinos assim como eles ignoravam minha presença naquela calçada fria pelo orvalho da manhã.

Sorri, afinal. Depois de muito tempo, alguém esperava por mim.